Na sua casa, o Dolby Atmos proporciona uma notável experiência de imersão sonora, bastante próxima às encontradas nas salas de projeção comerciais. Mas como será que esse codec funciona no seu home theater?

O Dolby Atmos reflete um salto na evolução do padrão de qualidade das gravações. Atualmente, como todas as marcas de receivers já estão com o codec incorporado ao equipamento, tem havido uma grande quantidade de projetos com a tecnologia.

No entanto, como ainda é vasta a curiosidade sobre o assunto, vale a pena prestar atenção nessas dicas da Audio Prime para usar o sistema em home theaters 5.1.2., 5.1.4, 7.1.2 e 9.1.2 e aproveitar ao máximo todos os recursos do Dolby Atmos.

O que é o Dolby Atmos

Criado pela Dolby Laboratories e lançado pela Pixar no filme “Valente”, em 2012, a plataforma é hoje considerada a maior inovação em tecnologia sonora desde o aparecimento do surround, em 1941 (em “Fantasia”, da Disney). O Dolby Atmos aumenta significantemente a imersão da experiência sonora. Fazendo uma analogia, podemos pegar, historicamente, padrões de comportamento de áudios.

Primeiramente os codecs decodificam o áudio em formato stereo, ou seja, em “L” e “R” (left e right, esquerdo e direito em inglês). Com o tempo e o desenvolvimento da tecnologia, surgiram os codecs que começaram a reproduzir os sistemas 5.1 e 7.1 – três caixas de som frontais (L, C e R) e duas ou quatro surround.

Essa disposição faz com que o som tenha um movimento circular na sala, envolvendo o ambiente em um plano horizontal em relação à imagem.

Maior verticalidade sonora

Já o Dolby Atmos aumenta a imersão sonora de forma vertical. Dessa forma, o primeiro requisito básico para o uso da tecnologia é a adição de caixas de som que façam com que o áudio venha de cima para baixo.

Com isso, o sistema oferece uma noção espacial circular horizontal, no 5.1, com a adição de, pelo menos, mais dois canais, gerando uma tridimensionalidade sonora.

Ou seja, fugindo do padrão 5.1, o Dolby Atmos começa a remeter um padrão de áudio vertical. Dessa forma, o áudio vem por todos os lados, proporcionando uma experiência de imersão muito mais completa em qualquer lugar da sala de projeção.

Como podem ser feitas as instalações no Dolby Atmos

As instalações do Dolby Atmos, portanto, podem ser feitas em 5.1.2, 7.1.2, 7.1.4 e 9.1.2. Esses são os padrões mais comuns e mais acessíveis para ter em casa. No entanto, o 9.1.2 é mais indicado para salas muito grandes, demandando um receiver muito maior, portanto não é bem o objeto desse conteúdo de hoje.

Conheça os tipos de caixas de som para o Dolby Atmos

Há hoje no mercado vários tipos de caixas de som: as do tipo torre, bookshelfs e as caixas de som de embutir, que podem ser anguladas ou não.

Como você está em um plano horizontal e precisa melhorar a experiência sonora vertical, o mais indicado é montar o Dolby Atmos sempre com caixas de som frontal, adicionando pelo menos duas caixas ao teto.

Dessa forma o som é propagado de cima para baixo, formando uma configuração básica para esse tipo de codec.

Por outro lado, hoje há caixas de som torre própria para Dolby Atmos, montada com os alto-falantes para frente e um alto-falante na parte de cima virado para o teto.

Essa configuração tem como objetivo fazer com que o áudio bata no teto e reflita em quem está assistindo o filme, aumentando a imersão. Também é possível usar caixa de som bookshelf própria para os sistemas, adaptada na parte superior justamente para fazer esse front high (canal frontal alto).

Hoje, no entanto, a maioria dos projetos segue uma linha clean, com a tendência de jogar os equipamentos para o teto.