Práticas e charmosas, as caixas de embutir são imbatíveis no que se refere à discrição, permitindo a instalação de um sistema 7.1 sem que nenhum produto do gênero fique à vista. Também estão disponíveis em várias opções de formatos (podem ser redondas, quadradas ou retangulares) e com diversas cores e acabamentos.

Com a entrada dos fabricantes nacionais e a redução dos preços, o mercado de caixas de embutir está bem aquecido. Nos últimos dois a três anos, os custos caíram de 10% a 15% e, hoje, o usuário encontra modelos para as mais diversas aplicações.

Neste segmento, há as caixas de parede, chamadas de in-wall, e as de teto (in-ceiling). Quase todas aceitam os dois tipos de posicionamento, embora a maioria dos projetistas/usuários prefira embutir as caixas no forro de gesso. Muito tradicional nas residências estadunidenses, a instalação em parede é pouco explorada no Brasil. O motivo é a dificuldade de encontrar paredes de dry-wall (gesso acartonado), que são ideais para receber os modelos in-wall.

 

EXIGÊNCIAS

Mas será que as caixas de embutir são todas iguais? A resposta é “não”! Em primeiro lugar, não se pode esperar que caixas de embutir apresentem o mesmo rendimento dos modelos tradicionais. Por outro, se o forro de gesso estiver bem estruturado (medida que evita vibrações) e os canais, posicionados corretamente, elas tocarão muito bem.

As exigências também são diferentes. Em geral, as caixas de embutir são mais utilizadas em som ambiente e nos canais surround dos sistemas de home theater. Caixas embutidas para som ambiente precisam ter elevada sensibilidade, para que possam tocar mais alto quando alimentadas por um receiver de potência reduzida. É comum aproveitar o receiver do próprio home theater para abastecer um par (ou até dois) de caixas de multi-room. E, nesse caso, contar com caixas de maior sensibilidade ajuda a aumentar o rendimento sonoro, inclusive nas áreas externas, como jardins e varandas. Nos projetos em que há um amplificador ou receiver exclusivo para o som ambiente, a preocupação com a sensibilidade não é tão intensa.

Quando assumem o papel de canais surround, os modelos de embutir precisam ter outras qualidades. O mais importante é que acompanhem o mesmo timbre das caixas frontais. Embora a maioria das caixas seja criada a partir de princípios técnicos semelhantes, o design, a construção e os componentes internos variam de acordo com o fabricante. Para que a reprodução do áudio seja sempre homogênea e agradável, todas devem ter a mesma sonoridade (ou timbre). Na dúvida, lembre-se de que fica mais fácil preservar a assinatura musical do conjunto se todas as caixas forem da mesma marca e, de preferência, da mesma série.

 

MODELOS ESPECIAIS

Mas há projetos em que o proprietário faz questão de deixar todas as caixas escondidas, inclusive as frontais. Para esses casos, surgiram algumas caixas embutidas especiais, como as anguladas, pivotantes e motorizadas. Graças a um ajuste mecânico, algumas fabricantes produzem caixas com painel frontal inclinado que podem ser posicionadas no teto, mantendo ângulos de 14º a 45º. Tal regulagem permite um melhor direcionamento do áudio para os ouvintes em salas de diferentes tamanhos. Em ambientes pequenos (um quarto ou cozinha, por exemplo), a caixa frontal angulada de embutir deve ficar bem inclinada, característica que deixa o som mais direcional.

Nas pivotantes, o painel da caixa fica instalado no próprio forro de gesso. Nesse caso, quem se movimenta são os falantes. Em geral, o tweeter também pivota, mas o mercado ainda oferece modelos em que o woofer também pode ser direcionado para a posição de audição. E no topo da pirâmide estão as caixas motorizadas são acionadas eletricamente. A seguir, listamos para o leitor os tipos de caixas encontradas no mercado:

Fixas tradicionais

São indicadas para som ambiente e para os canais surround. Diferentemente do que acontece com as frontais, o som reproduzido pelas caixas traseiras não precisa chegar diretamente aos ouvidos do espectador. Precisa apenas realçar a sensação de envolvimento no ambiente. Então, a dica é posicionar as caixas de embutir tradicionais no forro de gesso a cerca de 1m80 do piso (e com os falantes voltados para baixo).

Com painel angulado

Graças ao painel frontal angulado, esses modelos de embutir conseguem direcionar melhor o som na área de audição. Podem, assim, ser utilizados até nos canais frontais. Desse modo, os principais sons e os diálogos dos filmes são direcionados para os ouvidos do espectador sentado no sofá.

Com tweeter pivotante

Semelhantes às tradicionais, levam vantagem por oferecer um tweeter móvel (pivotante). Com isso, é possível direcionar as altas frequências para os ouvidos dos espectadores, característica que habilita o uso dessas caixas também nos canais frontais. Se for utilizá-las nos canais surround, procure direcionar o tweeter para as paredes, evitando que os sons secundários dos filmes sejam encaminhados diretamente para os ouvintes.

Com tweeter e woofer móveis

Estas caixas possibilitam a movimentação simultânea de todo o conjunto – tweeter (sons graves) e woofer (graves e médios) –, formando praticamente uma corneta. Também podem ser utilizadas nos canais frontais. Já na parte traseira da sala, o ideal é direcionar os falantes para as paredes, preservando o envolvimento surround.

Motorizadas

São as caixas de embutir mais sofisticadas. Elas ficam ocultas no teto até o momento em que o home theater é acionado. Quando isso acontece, saem da moldura, projetando o áudio diretamente para a plateia (ângulo de até 45º).

Subwoofers de parede

São a solução ideal para quem quer esconder todas as caixas do home theater. Recomenda-se que sejam instalados na parede de alvenaria (frontal ou lateral) a cerca de 35cm do piso e, de preferência, perto das caixas frontais. Já o posicionamento no teto é pouco indicado e requer a consultoria de um engenheiro acústico.