Seguindo a forte tendência de casas inteligentes, a automação residencial pode ser vista cada vez mais em casas e apartamentos modernos. Seja através da integração entre áudio e vídeo, medidas de segurança ou opções que prezam pelo conforto, o fato é que não existe nada melhor do que transformar sua casa em um verdadeiro lar high-tech, contando com uma ajudinha da automação para isso.
Mas você sabe se sua casa comporta esse tipo de modificação e o que seria preciso para transformar a residência na “casa dos Jetsons”? Pois saiba que não é tão impossível quanto parece transformá-la na casa do futuro.
O que é e onde pode ser usada?
Se você não faz a mínima ideia do que estamos falando, vamos explicar. A automação residencial “é a integração entre diversos equipamentos motorizados e automatizados conversando entre si”, explica Marcos Rabelo da Smart. Touch, empresa especializada em automação residencial, projetos de home theater e sistemas de som ambiente e controle de acesso.
Segundo Rabelo, no momento em que você tem seu imóvel automatizado, com um único comando é possível apagar todas as luzes de toda a residência, fechar cortinas, desligar pontos de ar condicionado, gerenciar a parte de segurança e câmeras. A integração de tudo isso é que chamamos de automação residencial, não apenas a motorização de algum equipamento isoladamente.
A instalação de um projeto do gênero depende das condições de fiação da casa, quando esta já está pronta. No caso de arquiteturas que já contemplam a automação durante a construção, as possibilidades são sensivelmente ampliadas, fazendo com que você possa modificar toda a casa.
Mas isso não quer dizer que você não possa aplicar algumas das opções oferecidas em uma casa já completa, já que se podem usar conexões sem fio em algumas áreas. Porém, é muito mais fácil fazer uma automação residencial geral quando toda a estrutura interna não está montada, assim não é preciso quebrar paredes ou passar novos fios pela extensão do apartamento.
Conforto e segurança
Entre os grandes atrativos da automatização, o grande destaque é o conforto. Com uma rede completa conectada em sua casa, não é preciso mais se preocupar em mudar a entrada de vídeo quando for assistir a um DVD ou ficar refém de cinco controles remotos (um para cada aparelho) na hora de ligar o home theater da sala.
A automação residencial é capaz de assegurar, por exemplo, que os filhos estejam em casa no horário ou estudem quando precisam. Isso porque a integração traz aos pais autonomia para desligar a televisão ou o computador quando é preciso ler um livro escolar ou diminuir a música caso ela esteja atrapalhando o sossego da casa.
Ao colocar sensores na porta, é possível também conferir horários de saída e chegada dos filhos adolescentes que moram na residência, sem que os pais precisem sair da cama para descobrir se eles já chegaram ou não em casa. Basta olhar no visor para descobrir se eles estão dentro da residência, uma vez que o mostrador muda de cor caso alguém tenha passado pela porta.
Contemplando ainda travas das portas da casa inteira (até mesmo do banheiro), integração do computador ao televisor e mesmo irrigação do jardim, boa parte de uma residência pode ser adaptada aos moradores, fazendo com que tarefas enfadonhas e simples sejam eliminadas do cotidiano.
A segurança também faz parte dos objetivos da automação residencial, já que ela apresenta o que há de melhor na hora de ligar câmeras de segurança, abrir portões e ativar alarmes contra qualquer um que queira entrar (e no caso dos adolescentes, sair) da casa. De acordo com a necessidade de cada usuário, é possível instalar sensores em portas e janelas, aumentar ou diminuir as luzes quando se chega ou sai de casa, visualizar câmeras de segurança remotamente (através do computador) e muito mais.
Economia no bolso
Outro integrante importante na hora de automatizar a casa certamente é a economia. Ao acessar todos os sistemas remotamente, o usuário liga apenas aquilo que quer e precisa, sem necessariamente usar tudo na potência máxima. Isso faz com que as luzes de um cômodo da casa, por exemplo, estejam ligadas apenas quando necessário, e de uma forma inteligente.
Ao sentar-se para assistir a um filme, basta ativar o comando para que as luzes se apaguem ou fiquem mais fracas, iluminando locais em que realmente haja necessidade, sem atrapalhar a visualização da tela durante a projeção.
Em outra situação, basta a leitura da sua impressão digital para comandar todo o desligamento da casa durante uma viagem, assegurando que nada ficará descuidadamente ligado quando sua família não estiver por lá. Antes de chegar à sua casa, é possível enviar um comando e retornar a residência ao estado normal, com as luzes da garagem ligadas e o ar-condicionado já na temperatura ideal.
Novidades e preferências no controle de acesso
Por falar em impressão digital, a grande novidade em termos de automação é a biometria, que nada mais é do que a possibilidade de controlar qualquer dispositivo através dos dedos. Cadastrando uma tarefa específica a cada dedo da mão, você controla desde luzes a sistemas de áudio e vídeo, passando até mesmo pela fonte de água que decora a sala.
Além da comodidade, a biometria pode proteger a casa contra a entrada de estranhos não cadastrados. Caso alguém não autorizado tente entrar com sua própria impressão, uma mensagem é enviada ao celular, alertando o morador do perigo.
Segundo Marcos Rabelo, a automação mais pedida pelos clientes envolve iluminação, permitindo que as tarefas relacionadas à luz sejam realizadas de forma mais intuitiva e automática.
Entretanto, a parte “mágica” da automação, afirma ele, certamente é a integração do áudio e vídeo. Isso faz com que o usuário possa, por exemplo, conectar o pendrive no computador da sala e ouvir a música no quarto, por meio de um clique no controle.
A automação permite ainda que ele controle a imagem da televisão em todos os ambientes, tendo tudo o que o morador quer compartilhado, sem necessariamente possuir equipamentos completos da sala no quarto ou na cozinha, por exemplo.
Celulares e tablets na mistura
Marcos conta que o que há de mais moderno na automação não é necessariamente a engenharia usada para conectar toda a casa, mas sim a forma com que as opções são acessadas pelo usuário. Além dos aparelhos de biometria e os “interruptores” luminosos, capazes de iniciar ou parar uma tarefa em execução, a automação residencial permite ao usuário utilizar celulares e tablets para controlar processos, especialmente os produtos da Apple.
“Hoje, um dos grandes atrativos de ter a automação em uma residência é se utilizar da plataforma da Apple, gerenciando as opções com o iPad, iPhone ou iPod”, afirma Rabelo. Aliado a isso está o acesso externo, já que atualmente você pode controlar o sistema residencial de fora de casa, através do celular, tablet ou notebook.
O cliente tem sempre razão (ou escolha, no caso)
Entretanto, Marcos afirma que o foco na hora de se automatizar uma residência é, certamente, saber o que o próprio cliente procura e adaptar-se ao que ele precisa. Com isso, pode-se criar qualquer alternativa que facilite a vida da pessoa ou família, ao invés de dificultar o uso dos aparelhos conectados através da nova interface de programa ou do sistema automatizado.