A atuação da internet das coisas interligando eletrodomésticos e sistemas de iluminação de residências já não é uma novidade. Dentre os principais exemplos estão lâmpadas e portas com sensores de movimento, geladeiras que se conectam à internet e indicam receitas e televisores que podem ser conectados aos computadores.

O que se espera para o futuro é que todos os dispositivos, mesmo de marcas e fabricantes diferentes, possam se conectar entre si, ou até mesmo com a rede elétrica, e realizar as mais distintas funções. Com isso será mais difícil queimar o bolo no forno, esquecer a porta da geladeira aberta ou descobrir que esqueceu de comprar papel higiênico.

Quais serão as tendências tecnologias de automação residencial para 2018

Com a chegada de um novo ciclo, os principais players já estão apontando as novas tendências em automação residencial. Com estimativa de crescimento de 79 bilhões de dólares até 2022, o mercado de casas inteligentes sofrerá mudanças significativas. Se os produtos evoluirão constantemente em termos de Inteligência Artificial, os modelos de negócios também não ficarão para trás.

Uma coisa é certa: os integradores de smart home deve estar preparados para soluções que valorizarão a conectividadeprevisibilidade e interoperabilidade.

Boa parte destas inovações podem não aparecer no Brasil ainda, contudo os fabricantes estão ansiosos para incorporá-las em seus sistemas. Por enquanto, a expectativa está na retomada econômica, impulsionada pelo crescimento do setor de construção civil.

SEGURANÇA RESIDENCIAL EM ALTA
Tendências em Automação Residencial Câmeras Inteligentes

Caracterizada nos EUA por consumidores maduros – o que é bastante similar ao mercado nacional – a aposta é na consolidação definitiva destas soluções do-it-yourself. Contudo, a Forbes apontou que o setor americano de segurança residencial passará por uma “depuração” até 2019, onde os clientes darão preferência às grandes marcas.

Entre as razões apontadas, estão o modelo de negócio e o produto: até então, considerada uma venda previsível, existem muitos players disputando o mercado, mas soluções cada vez mais incompatíveis em termos de conexão.

Este processo tornou o investimento árduo ao cliente: como escolher produtos que, em pouco tempo, perdem sua conectividade? A resposta a isso, será a centralização do mercado em marcas maiores, eventualmente com maior capacidade de criar soluções padronizadas e de longo prazo.

No Brasil, temos um cenário diverso. Aqui existem marcas com grande poder de distribuição entre integradores, o que tornou os players de segurança bastante similares em produtos. Por um lado, estar sob o “guarda-chuva” de uma grande fabricante favorece a compatibilidade de produtos e dá mais garantia de qualidade ao usuário. Porém, do ponto de vista do integrador, a pouca diferenciação pode diminuir o valor agregado da solução.

Em termos de produtos, as empresas trarão dispositivos ainda mais inteligentes, priorizando a previsibilidade de situações de risco e invasões.

Uma das tendências em automação residencial mais aguardadas, são as câmeras inteligentes de alta resolução. Estas novas dispositivos terão capacidade de identificação de objetos e diferenciá-los para tomar decisões de alerta.

Os periféricos são capazes de diferenciar pessoas, animais e carro e informar ao usuário sobre as movimentações no espaço. Alguns instrumentos vão mais longe: fazem o reconhecimento facial de usuários e desligamento de iluminação, a partir de sensores integrados.

O ANO DO MULTI-ROOM?

Em 2017, apontamos que o multi-room na automação em áudio e vídeo seria um ótimo nicho para automação high-end. Agora, as empresas acreditam que estas instalações terão grande relevância em 2018.

Caracterizado por sistemas de áudio multizonas, as instalações de multi-room habilitam o usuário de automação a executar diferentes sons por cômodos. Por meio de aplicativo de receiver ou de automação.

Combinando cabeamento e caixas conectadas por Wi-Fi, o multi-room é uma solução inovadora para experiência de áudio em casa. No entanto, o preço alto dos produtos agregado à instalação opcional de cabeamento ainda torna sua demanda muito restrita.

Ainda assim, estes sistemas de áudio e vídeo podem ser uma opção interessante para aqueles mais entusiastas em performance de som. Neste caso, algumas dicas são interessantes para evitar erros de instalação.

Embora os principais multi-rooms tenham seus próprios apps, integrá-los a automação é uma ótima opção para personalização de espaços. Oferecendo iluminaçãoclimatização e motorização de cortinas, você pode oferecer experiência imersiva ao seu cliente.

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NOVAS FUNCIONALIDADES PARA ASSISTENTES DE VOZ
Tendência em Automação Residencial Assistentes de Voz

Se você acompanha nossas postagens, percebeu que dedicamos grande espaço aos assistentes de voz no último ano. Em 2018, a batalha entre o Google e Amazon pelo domínio deste segmento continuará forte.

Em 2017, os smart speakers se tornaram o primeiro equipamento de Internet das Coisas de muitos americanos. É o que aponta uma pesquisa da NPD, cujo afirma que 10% das famílias conectadas à internet nos EUA, já possuem estes gadgets.  Contudo, a expectativa é que a Apple enfim entre no jogo com o aguardado Apple HomePod. Nos últimos anos, diversos foram desenvolvidos para residência, como a Apple TV, lâmpadas de bulbo e termostatos conectados ao sistema iOS.

No entanto, o conceito do gadget de voz foi anunciado em julho de 2017, quase três anos após o primeiro Amazon Echo. Este ano, o mercado espera que a HomePod seja finalmente lançada e esteja em preços competitivos para desafiar seus concorrentes.

Enquanto isso, o Amazon Echo e o Google Home continuam aperfeiçoando suas habilidades e integrações de produtos aos seus ecossistemas. Os assistentes estão ficando cada vez mais contextuais e responsivos aos comandos sobre equipamentos de casa!

Recentemente, os smart speakers ganharam funções de ligação para telefones e listas de compras automatizadas no Reino Unido e EUA. O Google Home agora também possui uma versão Home Mini, mais barata e com preço similar ao Echo Dot.

Mesmo sem previsão de data de lançamento oficial no Brasil, algumas marcas nacionais já possuem integração com os equipamentos. Usados como interface, é possível executar comandos individuais e cenas de automação junto à aplicativos de automação.

A VOLTA DA COMPUTAÇÃO EM BORDA
 Tendências em Automação Residencial Computação em Borda

A “nem-tão nova” das tendências em automação residencial é a computação na borda da nuvem, também denominada de “computação em névoa”.

Na computação em nuvem, o processamento de dados é feito de forma centralizada em uma vasta rede de servidores virtuais e físicos. Desta forma, a grande quantidade de dados é rapidamente processada em conjunto, com retorno rápido ao usuário.

Muito utilizado em automação, este modelo permite que a grande quantidade de dados gerada por dispositivos no ambiente seja processada em uma camada fora do sistema de nuvem e retorne decisões rápidas aos sistemas domóticos.

Entretanto, o método se tornou problemático, à medida que a Internet das Coisas exige velocidade de processamento de dados livre de latência. Soma-se a isso, o alto custo de infraestrutura para manter transmissão de dados.

Como resposta, a computação em borda permite que os dados sejam processados e analisados de forma local, oferecendo uma resposta ágil e sem consumo de largura de banda de rede exigido no processo atual. Com a expansão de aparelhos conectáveis, os fabricantes esperam que este modelo descentralizado seja estimulado em diversos setores de automação. Dispositivos e equipamentos terão maior autonomia, oferecendo responsividade em contrapartida.

Sem dúvidas, a computação em borda será essencial para convencer os usuários de que os equipamentos IoT realmente são inteligentes quanto às suas demandas de uso.

TECNOLOGIAS PARA O BEM-ESTAR

Já pensou em casas inteligentes que reagem de acordo com as condições físicas do usuário, ajustando o ambiente para um bom sono? Nossa última dica de tendências em automação residencial são os novos dispositivos de smart home para o bem-estar de usuários. Essa interessante categoria de produtos terá grande impulso em 2018, como aponta a última feira Consumer Electronics Show (CES).

Integradas com sensores e wearables, as soluções se tornarão capazes de personalização autônoma de sistemas residenciais. Com transmissão direta de dados entre equipamentos e centrais – por meio de WiFi ou bluetooth -, decisões rápidas são tomadas em tempo real.

Um exemplo são os aparelhos de qualidade de ar indoor (IAQ). Por meio do controle de temperatura do ar, estes equipamentos otimizam a umidade e circulação de ar, prevenindo formação de mofo e poeira.

Os novos conectáveis também incluem pulseiras inteligentes, que transmitem dados sobre frequência cardíaca e temperatura corporal ao sistemas. De forma intuitiva, a automação ativará ar-condicionados e ventilação para o conforto total do usuário.

Para quem achou que os gadgets sairiam de moda, esta nova geração de aparelhos aprofundará a presença de tecnologia remota no contexto do usuário. Associado ao envelhecimento populacional tardio e os crescentes gastos pessoais com saúde, este mercado tem grande potencial de crescimento nos próximos anos.