Há alguns anos a “casa inteligente” é comentada no mercado de tecnologia, mas 2017 será o ano em que vai sair do papel. É o que aponta a edição deste ano da CES, feira de eletrônicos em Las Vegas. Um dos estandes mais concorridos de “smart home” do evento, da empresa Vivint mostraram a inteligência artificial e a internet das coisas entrando no conforto do seu lar.

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O principal fato que disparou a corrida pela casa inteligente neste ano foi o sucesso do Amazon Echo, o assistente digital em formato de cilindro que foi o produto mais vendido na loja de Jeff Bezos nos EUA no último Natal. O aparelho escuta comandos de voz através de um sistema chamado Alexa (correspondente à Siri, da Apple, Cortana, da Microsoft, ou ao Google Assistant).

A partir dos comandos de voz, o assistente digital realiza tarefas como compras na internet, execução de áudio, e se conecta a outros aparelhos, como eletrodomésticos, sistemas de segurança, luzes, etc. O Google também tem seu assistente digital em formato de cilindro para a mesa de centro, o Google Home.

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O cenário está pronto para a popularização da casa inteligente. A Vivint mistura, em sua demonstração no CES, aparelhos e sistemas próprios com produtos de terceiros, como o Echo, o Termostado Nest e a trava Kwikset. Esta é uma característica do mercado das smart homes: as empresas têm procurado fazer com que os seus lançamentos “conversem” entre si, para que o usuário possa integrar toda a casa.

A experiência é diferente desde a entrada. O sistema de campainha e trava da porta pode ser comandado por um app no smartphone. O dono da casa recebe uma notificação, liga a câmera para ver quem chegou, pode iniciar uma conversa com áudio, abre (ou não) a porta, trava novamente. Tudo isso sem sair do sofá.

Do sofá (ou até da casa de praia), ele controla também o termostato e qualquer câmera, fechadura ou lâmpada que ele tiver em casa. Vários eletrodomésticos também estão entrando nesse sistema. Desde o já manjado aspirador de pó robô até geladeiras lançadas pela LG e Samsung que controlam sua alimentação e até mandam comprar mais quando acabar.

A Vivint ainda aposta em um sistema de inteligência artificial chamado Sky. É como um mordomo virtual. Através de algoritmos que analisam a rotina da casa, ele pode automatizar tarefas domésticas.

O Sky pode, por exemplo, saber a hora ou as situações para ligar luzes, mudar a temperatura, ativar a limpeza, ligar a cafeteira. Também pode enviar avisos do tipo “Notei que você está de férias e desliguei o ar para economizar energia”, ou “Não tem ninguém em casa, mas as portas estão abertas. Você deseja travar?”. Pois não, senhor Sky, pode sim